domingo, 25 de novembro de 2007

RISO DAS PEDRAS E DOS PEIXES

Seremos como o peixinho que no fundo do oceano sonha dias ensolarados, o peixinho não pode visitar a praia porque morreria, ele ouviu outros peixes falarem sobre a inquieta luz do verão e espera que um dia descubram o seu cadáver ressecado na areia e não saibam a razão do seu riso.
Seremos como pedras amontoadas por um menino para jogá-las uma a uma numa represa
Minha palavra não derette as estrelas nem submete as águas, minha palavra não apazigua os corações gelados nem faz estremecer o assassino, as estrelas não dançam a minha canção esfarrapada, minha palavra é o riso das pedras e dos peixes.
Assim como o peixinho pensa em sóis maduros, avanço entre arranha-céus e hotéis baratos, entre amores que não duram nem bastam. Você é quem sabe como sou e sabe onde, você não precisa viver para me encontrar.

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